A European Medicines Agency (EMA), agência reguladora de medicamentos desenvolvidos por laboratórios farmacêuticos para uso em território Europeu, concedeu aprovação ao Keytruda para o tratamento de diferentes tipos de câncer, principalmente em fases avançadas. Durante uma bateria de testes, o medicamento demonstrou eficácia contra o câncer de pele melanoma, câncer de pulmão de células não pequenas (NSCLC), linfoma de Hodgkin clássico, câncer urotelial, carcinoma de células escamosas de cabeça e pescoço (HNSCC) e carcinoma de células renais.
Produzido sob a substância ativa pembrolizumab, o Keytruda atua em nas fases metastáticas destes tipos de câncer - ou seja, quando o tumor se espalha para outras partes do corpo - e é indicado a pacientes que não apresentaram respostas positivas a outros tipos de tratamento. De acordo com os testes da EMA, a eficácia do Keytruda se deu no combate aos altos níveis de uma proteína conhecida como PD-L1.
Isso porque a substância ativa pembrolizumab é um anticorpo monoclonal que reconhece e bloqueia o receptor PD-1, atuação essencial para combater a combinação à proteína PD-L1 que, presente em alguns tipos de câncer, ataca as células do sistema imunológico. Somente comercializado mediante receita médica, o tratamento com Keytruda deve ter início e administração sob supervisão de um oncologista, assim como todo medicamento contra outros tipos de câncer.
De acordo com os estudos que levaram à aprovação do Keytruda, a indicação médica para administração do medicamento é por perfusão, gota a gota, de maneira intravenosa. Quando administrado em combinação a outros medicamentos contra o câncer, a dose recomendada é de 200 mg a cada três semanas. Já para uso de forma isolada, a dosagem de Keytruda é de 200 mg a cada três semanas ou 400 mg a cada seis semanas.