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Produzido sob a substância ativa Imatinib, o Glivec recebeu a aprovação da European Medicines Agency (EMA), órgão regulador de medicamentos da União Europeia, após rigorosa análise do Relatório Público Europeu de Avaliação (EPAR). Disponível em cápsulas (50 e 100 mg) e comprimidos (100 e 400 mg), o Glivec é um medicamento anticancerígeno, que é destinado ao tratamento de pacientes com leucemia mielóide crônica (LMC), Leucemia linfoblástica aguda (LLA) Ph+, doenças mielodisplásicas ou mieloproliferativas (MD/MPD), síndrome hipereosinofílica avançada (HES), tumores estromais gastrointestinais (GIST) e dermatofibrossarcoma protuberans (DFSP).

Sempre iniciado por um oncologista, o tratamento com Glivec é administrado por via oral - junto com uma refeição e acompanhado de um copo grande de água, a fim de reduzir o risco de irritação do estômago e do intestino. A dose do medicamento não deve exceder 800 mg/dia, mas será recomendada pelo especialista, de acordo com a doença, a idade e a condição do paciente. E como funciona o Glivec? A sua substância ativa, o imatinib, funciona como um inibidor da proteína-tirosina quinase, ou seja, atua no bloqueio de algumas enzimas específicas, conhecidas como tirosina quinases. O bloqueio desses receptores ajuda a controlar a divisão celular.
 
De acordo com o relatório da EMA, o Glivec foi mais eficaz do que os medicamentos comparadores. Segundo a agência, "em pacientes com LMC, o câncer piorou em 16% dos pacientes que tomaram Glivec após cinco anos, em comparação com 28% daqueles que tomaram interferon alfa mais citarabina. Glivec também foi melhor do que a quimioterapia padrão em pacientes com LLA Ph+. Em pacientes com GIST que foram removidos com cirurgia, os pacientes que tomaram Glivec viveram por mais tempo do que aqueles que tomaram placebo sem que o câncer voltasse. Nos estudos não comparativos de LMC, LLA Ph+ e GIST, entre 26 e 96% dos pacientes apresentaram resposta ao Glivec. No estudo de doentes com idades compreendidas entre 1 e 22 anos que apresentavam LLA Ph+, Glivec demonstrou aumentar o tempo de vida dos doentes sem quaisquer acontecimentos importantes (como uma recaída). Devido à sua raridade, dados limitados estavam disponíveis para as outras doenças, mas cerca de dois terços dos pacientes apresentaram pelo menos uma resposta parcial ao Glivec".

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