Um dos medicamentos mais tradicionais e eficazes contra o melanoma, o Zelboraf recebeu da European Medicine Agency a Autorização de Introdução no Mercado - válida em toda a União Europeia - em 2012. O principal órgão regulador de medicamentos do Velho Continente concedeu a recomendação do medicamento, produzido sob a substância ativa vemurafenib - após rigorosos testes que comprovaram a eficácia do Zelboraf contra o câncer de pele que tenha se espalhado para outras partes do corpo ou que não pode ser removido cirurgicamente.
De acordo com o relatório divulgado pela EMA, "Zelboraf destina-se apenas a doentes cujas células tumorais de melanoma tenham uma mutação específica (alteração genética) denominada 'BRAF V600'", já que a substância ativa presente no medicamento é um inibidor da BRAF, proteína responsável pela estimulação da divisão celular. o Relatório diz ainda que, "ao bloquear a ação do BRAF anormal, o Zelboraf ajuda a desacelerar o crescimento e a disseminação do câncer".
Durante os testes, o Zelboraf foi comparado com o dacarbazina, outro medicamento anticancerígeno, em um estudo com 675 pacientes com melanoma e com a mutação BRAF V600 cujos tumores se espalharam ou não puderam ser removidos cirurgicamente. Assim, o Zelboraf demonstrou a sua eficácia tanto no aumento do tempo de vida dos pacientes (sobrevivência global) quanto no tempo de vida sem agravamento da doença (sobrevivência livre de progressão).
Pacientes que receberam o Zelboraf viveram, em média, 13,2 meses. Já os que foram submetidos ao uso de dacarbazina sobreviveram apenas 9,9 meses. Já em comparação à sobrevida livre de progressão, os resultados do Zelboraf são expressivos em relação ao outro medicamento utilizado: foram, em média, 5,3 meses contra 1,6 meses. Com isso, a nota informa que "a Agência observou que o Zelboraf demonstrou de forma convincente melhorar a sobrevida geral e retardar o agravamento do melanoma "BRAF V600 positivo", que se espalhou ou não pode ser removido cirurgicamente.