Produzido pela Genentech, o Ocrevus é o primeiro medicamento aprovado para o tratamento de esclerose múltipla progressiva primária a ser aprovado pela Food and Drug Administration, órgão estadunidense responsável pela regulação de medicamentos. Criado sob a substância ativa ocrelizumab, o medicamento demonstrou eficácia nos estudos que analisaram a sua performance em relação a pacientes adultos com formas recorrentes de esclerose múltipla (EM) e esclerose múltipla progressiva primária (PPMS).
A aprovação de um medicamento realmente eficaz contra a doença se fazia urgente entre pesquisadores, já que a "a esclerose múltipla pode ter um impacto profundo na vida de uma pessoa", como disse Billy Dunn, diretor da Divisão de Produtos de Neurologia do Centro de Avaliação e Pesquisa de Medicamentos da FDA. No documento de aprovação, o profissional relatou que a terapia com Ocrevus “não apenas fornece outra opção de tratamento para aqueles com EM recorrente, mas pela primeira vez fornece uma terapia aprovada para aqueles com EM progressiva primária.”
Para a aprovação, a FDA considerou a eficácia apresentada pelo Ocrevus em dois ensaios clínicos que incluíram a participação de 1.656 pacientes, em um tratamento que durou 96 semanas. Os dois estudos compararam a manipulação do medicamento com Rebif e o resultado obtido é que pacientes administrados com ocrelizumab apresentaram um tempo mais longo em relação ao agravamento da deficiência.